... é uma das desculpas para este interregno. Mas temos mais. Na prática, tudo se resume à falta de verve. Atingiu-se, o princípio de peter blogueiro, um pouco precocemente, é certo.
- filhooooo, comeste rojões no crestelo? gostaste? conta, conta ...
- não pai, foi hoje na praia. O gervásio disse que nas férias com a avó silvéria, que é de fornos de algodres, come sempre um pratinho cheio de beloura ao deitar ...
- ... :o|
Daí que o tema "revisão do diário semanal, agora com eles e elas" seja inviável.
A sugestão óbvia de reportar a chegada a Sta Apolónia é tão despropositada quanto repetitiva. As fotos confirmam a tese: os personagens são os mesmos, ou algum miudo/a teria ficado na gare. Hà, no entanto, algumas diferenças:
- a carruagem entrou na estação; não saiu, como à partida;
- os familiares estão ajoelhados à altura da criançada, para que os relatos pormenorizados cheguem directamente ao pavilhao auricular;
- há bonecos de peluche com barris pendurados no pescoço;
- há bolas de vidro com neve lá dentro;
- há descontração, alguns sorrisos e ... não há camaroeiro (???).
Estamos, portanto, perante um fenómeno novo.
Outra hipótese de tema para o post seria o regresso ao passado recente: a "festa".
A festa deste ano foi um sucesso! Pela primeira vez, a avó do gervásio, trouxe um tachinho de rojões, que foram vendidos num ápice. Esta happy meal regional à base de beloura, só teve parceiro à altura num malogrado salame de chocolate com diâmetro igual à cordas da ponte do crestelo. Quem teve a oportunidade de ficar a vender no bar da festa, pôde juntar à sua vasta cultura, a aula de sapiência da avó silvéria: "(...) as hipóteses que estiveram em carteira para o nome da quinta da beloura foram sempre quinta do bolacho e quinta do farinhato, nunca rio-frio. Mas "vivo na quinta do farinhato" não era apelativo, daí que (...)"
Algumas das inevitáveis fotos da festa:
the stage, a plateia e a tia Lena
the back stage
jump, 4º ano, jump
"os mais altos lá p´a tráááás..."
"ó freguês ... vai um tirinho?"
as tardes nos alunos d´apolo, deram finalmente resultado ...
Alguém tem fotos de outros hot-spots? ;o) ... ou acontecimentos invulgares?
alguém a receber uma rifa premiada, talvez?
Ainda sobre a festa, não querem mandar-nos a vossa opinião e algumas sugestões para as futuras edições?
até breve
Passadas as aventuras e desventuras no crestelo, aproveitámos todos o fim de semana para nos inteirarmos com mais detalhe das diatribes dos nossos filhotes. Tentámos saber "coisas", episódios, já que o blog foi parco em fofocas.
"- então filho? conta lá coisas.- foi giro. (lacónico)
- gostaste? que fizeram?- muita coisa
- sim, mas ... como foi a escada de corda?- foi boa
- era muito alta?- mais ou menos
- e a escalada?- foi bom
- olha, e a comida? era boa?- era
- era o quê?- boa
- não, tou a perguntar o que comeste ...?- coisas
- filhooooo, que coisas comeram ...?- ahhh ...(pequena pausa) ... carne e isso...
- isso? isso o quê?- arroz (encolher de ombros)
- bolas, isso sei eu, mas arroz com quê?- ó pai sei lá, não me lembro ...
- ok, ok, não queres contar, não contes ... (beicinho)- ...
- ...- ...
- ó pai, já comeste rojões?- filhooooo, comeste rojões no crestelo? gostaste? conta, conta ...
- não pai, foi hoje na praia. O gervásio disse que nas férias com a avó silvéria, que é de fornos de algodres, come sempre um pratinho cheio de beloura ao deitar ...
- ... :o|
Daí que o tema "revisão do diário semanal, agora com eles e elas" seja inviável.
A sugestão óbvia de reportar a chegada a Sta Apolónia é tão despropositada quanto repetitiva. As fotos confirmam a tese: os personagens são os mesmos, ou algum miudo/a teria ficado na gare. Hà, no entanto, algumas diferenças:
- a carruagem entrou na estação; não saiu, como à partida;
- os familiares estão ajoelhados à altura da criançada, para que os relatos pormenorizados cheguem directamente ao pavilhao auricular;
- há bonecos de peluche com barris pendurados no pescoço;
- há bolas de vidro com neve lá dentro;
- há descontração, alguns sorrisos e ... não há camaroeiro (???).
Estamos, portanto, perante um fenómeno novo.
Outra hipótese de tema para o post seria o regresso ao passado recente: a "festa".
A festa deste ano foi um sucesso! Pela primeira vez, a avó do gervásio, trouxe um tachinho de rojões, que foram vendidos num ápice. Esta happy meal regional à base de beloura, só teve parceiro à altura num malogrado salame de chocolate com diâmetro igual à cordas da ponte do crestelo. Quem teve a oportunidade de ficar a vender no bar da festa, pôde juntar à sua vasta cultura, a aula de sapiência da avó silvéria: "(...) as hipóteses que estiveram em carteira para o nome da quinta da beloura foram sempre quinta do bolacho e quinta do farinhato, nunca rio-frio. Mas "vivo na quinta do farinhato" não era apelativo, daí que (...)"
Algumas das inevitáveis fotos da festa:
the stage, a plateia e a tia Lena
the back stage
jump, 4º ano, jump
"os mais altos lá p´a tráááás..."
"ó freguês ... vai um tirinho?"
as tardes nos alunos d´apolo, deram finalmente resultado ...
Alguém tem fotos de outros hot-spots? ;o) ... ou acontecimentos invulgares?
alguém a receber uma rifa premiada, talvez?
Ainda sobre a festa, não querem mandar-nos a vossa opinião e algumas sugestões para as futuras edições?
até breve
Pois é, junto aqui o relato do Tomás Leal (1º ano), para ver se entre todos conseguimos 'espremer' as aventuras dos mais pequenos:
ResponderEliminar- Olá, filho, que saudades!
- Olá mãe, tb tinha saudades tuas(ar lacónico igual às crianças do post-it)
- Então conta coisas, foi giro, gostaste?
- Olha - (tira da mochila 2 BURROS de peluche e diz - Esta é a aminha prenda para ti e tenho um cinzento para o pai. São mt giros n achas? Comprei um 'quadro' pós avós. Não comprei todas as prendas que queria porque tu só mandaste 20 Euros!!!
Entre o espectáculo do burro oferecido com a factura e o troco (tudo ao mesmo tempo) e a declaração de insatisfação monetária da criança, fiquei especada sem reacção... Precisava acreditar que o burro era lindo, sob pena de provocar um pequeno abalo no coração do meu filho que o mostrava com imenso orgulho.
- Olha mãe e sabes, só tinham estes dois burros, não havia mais, são muito bonitos, por isso trouxe um para ti e outro para o pai!
- ...Lindo Tomás, o burro é LINDO!!!!... Que ideia tão original filho! Não sabia que os burros eram típicos da serra da estrela...! Mas olha, gosto muito, que giro que é (acho que ele acreditou na minha actuação feita com esforço para não me desatar a rir à gargalhada. Entretanto o burro desfazia-se aos poucos das suas indumentárias que estavam coladas no pêlo...)
- E então querido, divertiste-te muito?
- Sim, foi mt giro
- E o que fizeram?
- Divertimo-nos, brincámos e dei muitos mergulhos na piscina e nadei muito bem até ao fundo da piscina :-)
- E os gambuzinos, trouxeste alguns na tua mochila?
- Não Mãe, 'isso' era o 4º ano que estava de castigo mas depois não era...
(seguem-se alguns minutos de conversa até eu perceber o contexto dos gambuzinos e do 4ºano...)
- E queijo Tomás? Tu adoras queijo, comeste muito?
- Não, ninguém me deu queijo. Espera, sim, comi queijo ao pequeno-almoço e no primeiro dia comi 4 pães e depois 2 e depois 1 inteiro!
(Atenção, tudo indica que este pão é mt maior que os outros... fiquei baralhada :-S)
- E na camarata, foi giro?
- Sim, foi.
- Quem dormia por cima ti?
- Era o Celso, até pensava que a cama ia cair encima de mim... (sic)
- E ao teu lado?
- Ninguém, à frente era o João Miguel e lá no meio (leia-se vários metros de distância) estava o Miguel Motta e o Diogo...
- Olha Tomás, e que mais coisas é que tens para me contar desta semana fantástica?
- Ai mãe, não sei, já disse tudo, agora estou cansado, tenho fome e queria comer um daqueles 'pudins de arroz' que tu gostas muito (depois de pensar, decifrei que o que ele queria era um bolo de arroz)...
Aqui o meu afã de mãe esmoreceu, e rendi-me ao pedido de um bolo de arroz com um copo de leite, e fiquei a admirar o burrinho encima da mesa da esplanada, enquanto o Tomás corria no jardim :-;
Eu confirmo: "O burro característico da Serra da Estrela" é o máximo. Tanto quanto sei mais nenhum pai foi contemplado com o jumento serrano. Devo ter alguma tendência a adorar tudo o que o Tomás me dá...:)
ResponderEliminarOlá a todos,
ResponderEliminarMeu filho João Alexandre adorou o passeio e já diz que para o ano quer mais.
Sobre o passeio em si, ele também só respondia em monossílados.
As prendas foram giras, para mim, doce de abóbora (tenho diabetes, mas não faz mal pq como na mesma)e para o pai, ginginha (o pai não é adepto de bebidas alcoólicas), mas nada disso interessa, pois o que vale é a intenção e a empolgação com que ele ofereceu as prendas. Para a mana Joana foi um daqueles porta cantas que parece ter neve. Ela adorou.
De resto, o que o João mais frisou foram as «banhocas» e piscina. E ele nem é de peixes!!!
A respeito da festa, enviei umas fotos, mas não sei se receberam.
No dia da festa não ficamos até, por isso, não sei se ganhamos alguma coisa na rifa. Se ainda estiver à tempo...
Beijinhos
Cristina Mendes
Explica-me essa dos rojões da avó Silvéria. Eu, que vendi sande atrás de sande, choiriço com fartura, o belo do croquete e do rissol e que só não vendi copinhos de vinho branco quando acabaram os pastéis de Belém porque não havia vinho, não vi nada disso.
ResponderEliminarDesvenda aí o mistério, vá.
Pelos vistos não me posso queixar muito porque a Maria fartou-se de falar e entre várias coisas disse:
ResponderEliminar- ...não era uma cozinheira, era um cozinheiro e gostei sempre da comida mas só comemos peixe uma vez e foi douradinhos...
- mas, ó filha eu tenho carne para o jantar...
Perante o ar enjoado:
-Posso fazer-te peixe cozido.
E para minha surpresa!!!
- Se não te der muito trabalho...
Depois deste teu post, hás-de explicar-me por que razão te "ofendeste" por, algures num post, te terem chamado guru nutricionista...
ResponderEliminarVejam lá se a Maria não lhe respondeu com detalhe.
Para quem não sabe, esta mãe é a nossa mais séria candidata ao Prémio Alternância Carne e Peixe.
rosa, tiago, cristina and CEBE´s Nutritional Guru, obrigado pelos vossos relatos que me tiraram deste paternal desconsolo informativo.
ResponderEliminardear pt, a avó silvéria é prima, em linha descendente por parte da madrasta, do autor do já referido "manual do progenitor valentaço", o Herbert Ilmasseng; é, por isso também, mãe do ramiro porteleira e logicamente avó do severiano, ambos referidos nesse post. Juntando 1 + 1 rapidamente concluis que o severiano e o gervásio são, afinal, irmãos.